terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Novo acordo ortográfico
Como?
- Já estou movendo meu pauzinho!
An? Assim que escutei isso meus olhos correram nervosamente na direção do pronunciador de tais obcenas palavras. Felizmente, era uma mulher, o que, de certa forma, reduziu a obcenidade do texto.
O ser humano que precisa andar de van no Rio de Janeiro escuta cada coisa...
domingo, 4 de janeiro de 2009
Você come bicho que cisca pra trás?
03 de janeiro de 2009! O sol finalmente aparece de forma plena para os cariocas. Praia cheia, sol, bebidas... Já dá pra imaginar que lá vem abobrinha, não é? Mas sabe que dessa vez o diálogo foi bem interessante e até "inteligente"? Digamos que há certa lógica. Acompanhe.
- Minha mãe disse que no Ano Novo não se pode comer bicho que cisca pra trás.
- Isso é verdade.
- Isso é UMA VERDADE - riu e ironizou o terceiro.
- Mas pensa bem: a galinha e o peru ciscam pra trás pra jogar as coisas ruins pra trás: ele limpa o caminho dele e anda pra frente! Queria o que? Que o bicho ciscasse pra frente e jogassse as coisas ruins pra frente e ainda passasse por cima? Agora no Ano Novo você vai comer o que? Porco?
- Pois é. O porco não joga as coisas ruins pra trás, ele se joga em cima das coisas ruins! Ele vive na lama!
A partir do texto acima, responda à enquete: (Parece até questão de prova)
No próximo Ano Novo, você vai deixar de comer um bicho que joga as coisas ruins pra trás e anda pra frente, pra comer porco, um animal que vive na merda?
Foto extraída do site http://daplanicie.blogs.sapo.pt/tag/pensamentos
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Vovó e o ciclista voador
No dia 14 de dezembro de 2008, vovó sofreu acidente. Ela saiu do médico e andava em direção ao ponto de ônibus no momento em que caiu. Caminhando com certa dificuldade em função de seus oitenta e dois aninhos, vovó foi ao chão e, na hora, não soube como. Sua cabeça rodava e por cima dela algo que se parecia com um homem falava desesperadamente:
- Fala comigo! Senhora! Senhora! Fala comigo! Me desculpa! Senhora!!!
Algumas horas depois do acidente, vovó revelou o que sentiu naquele momento: "minha vontade era mandar aquele homem à merda, vai t´a merda! Eu ali no chão com a cabeça doendo e o homem falando! Ah, que saco!
Vovó abriu os olhos e o homem pode respirar aliviado: não morrera. Mas, afinal, de onde veio esse senhor? "Tenho a impressão que ele vinha na contramão. Estava de bicicleta desembestado e aí, como a gente tava entre a rua e um carro estacionado na calçada, ele teve que desviar com a bicicleta em cima de nós. E pior, não foi nem a bicicleta: ele é que voou em cima de mim. A sorte dele é que eu estava ali, se não ele ia se esborrachar todo no chão".
A multidão se avolumava perto da doce velhinha que estava ali estirada no chão. Uma mulher, que mora na mesma rua da vovó e já a conhecia de vista, veio socorrer.
- A senhora mora na rua jordão né? Eu conheço a senhora. Vejo sempre a senhora passar.
- Ah minha filha, me desculpe, mas eu não te conheço não. - Mesmo atordoada vovó manda na lata, como sempre.
E então, começaram a erguer a anciã que, aos poucos, se levantava e recuperava os sentidos. Já sentada e de olhos abertos, vovó continuava a ouvir a enjoada voz do ciclista voador:
- Me perdoa! Me perdoa! Me perdoaaaaaaaa!!!
A conterrânea de vovó se impacientou:
- Ora homem, vai embora! Para de falar bobagem! Sai daqui!
A sobrinha de vovó que, pela denominação, parece jovem, já passou dos sessenta, e acompanhava a tia no momento do tombo: "eu não sei de onde veio aquele homem, meu Deus! De repente a gente caiu." A sexagenária que acompanhava vovó e a segurava pela mão, foi ao chão na mesma hora. Porém, com vinte anos menos, pôde se levantar com mais facilidade.
O mais impressionante da história foi o fato de vovó não ter nem sequer se arranhado. "Fiquei com um galo na cabeça. Ah, que dor." As pernas e as costas também ficaram doloridas. Mas, nada de cortes ou fraturas.
A vovó é dura na queda, não?
Mas e a bicicleta do homem? "Ih, a bicicleta ficou lá toda quebrada. Era uma bicicleta velha também. Quebrou até aquelas coisinhas da calçada." Explica vovó.
Quando contava a história para as pessoas, o tom cômico era imperativo:
- Minha vó foi atropelada.
- Meu Deus! Por um carro?
- Não. Por um homem.
(Risos)
MAKING OFF
Enquanto escrevia esse texto, a tomada em que está ligado o meu computador resolveu se soltar do fio que conduz eletricidade. Tudo bem que é uma gambiarra, mas tinha que acontecer justamente enquanto eu escrevia a história do tombo de vovó? Será que meu avô, que deus o tenha, não gostou da idéia?
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